Aliadas do secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas-, condenaram as ofensas do chefe da Sesab à chef Angeluci Figueiredo. Em uma mensagem privada, Vilas-Boas chamou a cozinheira de "vagabunda" ao encontrar o estabelecimento fechado.
Nas redes sociais, a deputada federal Lídice da Mata que a postura é "lamentável". "A postura do secretário Fábio Vilas Boas foi machista e inaceitável ao dispensar aquele tipo de tratamento a uma mulher. É algo lamentável, especialmente por se tratar de um agente público".
Líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues prestou solidariedade a Angeluci e pediu uma "reflexão" por parte do secretário. "Toda minha solidariedade e meu respeito à chef Angeluci Figueiredo! Não podemos aceitar qualquer atitude machista de quem quer que seja. Nossa luta é constante pelo respeito às mulheres em suas casas, em seus trabalhos e em suas vidas. Machismo não mais passará despercebido. Mais do que se desculpar, o que o secretário Fábio já fez publicamente, é fundamental que ele reflita sobre seu posicionamento equivocado. Precisamos de discursos que combatam e enfraqueçam a misoginia tão presente em nossas vidas, e não um discurso que a fortaleça ainda mais".
Também vereadora de Salvador, Maria Marighella (PT) protestou contra o que chamou de "violência contra a mulher". "Nesse agosto lilás, mês de combate à violência contra mulher, reiteramos que não toleramos este tipo de postura vindo de qual campo vier. Não podemos aceitar as ofensas misóginas proferidas pelo secretário
@fabiovboas à empresária Angeluci Figueiredo. Toda a nossa solidariedade! A violência contra a mulher não acontece apenas em atos extremos, mas é uma prática que se constrói no cotidiano – com palavras e gestos – e não pode ser naturalizada".
Médica e deputada estadual, Fabíola Mansur classificou a atitude de Fábio Vilas-Boas como "inaceitável". "Mais do que me solidarizar com a chefe e empresária Angeluci Figueiredo, nossa amiga Preta, considero a atitude de Fábio Vilas-Boas inaceitável, ainda que tenha vindo a público pedir perdão. Mulheres precisam ser respeitadas em todos os âmbitos da vida, seja profissional ou pessoal. Casos como esse nos fazem refletir o quanto comportamentos machistas e misóginos ainda estão incrustados no nosso dia-a-dia. Combater todas as formas de violência contra a mulher é uma luta coletiva, se quisermos uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária".