Legendas como PT, PSB e MDB projetam uma redução de postulantes aos Executivos estaduais em relação a 2018. Isso porque, segundo o jornal O Globo, a necessidade de priorizar a eleição para a Câmara dos Deputados deve ditar a estratégia dos partidos para lançar candidatos aos governos estaduais na eleição do próximo ano. O cenário presidencial atual também é levado em conta.
O veto ao aumento do fundo eleitoral aprovado pelo Congresso, prometido novamente ontem pelo presidente Jair Bolsonaro, pode impactar diretamente a estratégia dos partidos. Ainda conforme a publicação do Globo, ao aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), os parlamentares elevaram de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões o valor destinado para as legendas bancarem as campanhas. Bolsonaro já indicou apoio a um fundo de R$ 4 bilhões. Ontem, em uma mudança de posição, afirmou que só vai permitir a correção do valor do fundo de 2018 ( R$ 1,7 bilhão) pela inflação. Ele não explicou o período de cálculo do aumento nem o índice que seria seguido. Se a promessa for cumprida, o valor ficaria em torno de R$ 2,2 bilhões. Eventual veto ainda tem que ser submetido ao Congresso, que pode derrubá-lo.
A eleição do próximo ano será a primeira disputa federal sem possibilidade de coligação proporcional. O Congresso ainda discute se muda o sistema de escolha dos deputados para o distritão. No entanto, o entorno do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), avalia que a tendência é de que a proposta não passe.