Política

TSE rebate em série 18 alegações de Bolsonaro feitas sem prova contra urna eletrônica

A lista divulgada traz questões que foram levantadas por Bolsonaro seguidas de textos publicados no portal do TSE nos últimos anos que comprovam serem falsos vídeos e boatos

Antonio Augusto/Ascom/TSE
Antonio Augusto/Ascom/TSE

Além de usar o Twitter para desmentir em tempo real os relatos contra o sistema eleitoral feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a Secretaria de Comunicação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) compilou uma série de links e rebateu18 alegações apresentadas pelo mandatário durante a live desta quinta-feira (29).

A lista divulgada traz questões que foram levantadas por Bolsonaro seguidas de textos publicados no portal do TSE nos últimos anos que comprovam serem falsos vídeos e boatos que circularam nas redes sociais questionando a segurança das eleições.

Em um dos links, o TSE responde a um dos vídeos transmitidos na live que buscava passar a mensagem de que é possível fraudar o código-fonte das urnas para computar o voto de um candidato para o outro candidato.

"Uma urna eletrônica real não é tão simples nem desprotegida como aquela apresentada no vídeo. Além disso, há meios de auditoria para se verificar se os softwares e firmwares executados na urna contêm algum mecanismo malicioso, como o exposto no vídeo. Há também todo um conjunto de procedimentos, que impede a recepção de resultados ilegítimos provenientes de eventuais equipamentos clonados ou gerados por softwares ilegítimos”, explicou o TSE.

O tribunal também desmentiu publicações mostradas pelo presidente de que urnas autocompletavam votos a favor de Fernando Haddad, então candidato pelo PT à Presidência em 2018.

Segundo o TSE, avaliação de peritos em edição comprovou que um desses vídeos era falso. “Além disso, no momento em que o primeiro número é apertado, o teclado da urna não aparece por completo, o que sugere que outra pessoa teria digitado o restante do voto. É possível, ainda, constatar, no programa de edição, o ruído de dois cliques simultâneos, o que reforça essa tese. É importante enfatizar que não existe a possibilidade de a urna autocompletar o voto do eleitor, e isso pode ser comprovado pela auditoria de votação paralela”, explicou.

Sobre uma planilha apresentada por Bolsonaro para provar que Aécio Neves (PSDB) venceu as eleições contra Dilma Rousseff (PT), em 2014, o TSE disse que ela não corresponde aos dados oficiais, minuto a minuto, e que desconhece a origem das informações divulgadas, segundo a Folha.