A Comissão de Direitos Humanos e Defesa da Democracia Makota Valdina Pinto, a Comissão de Reparação e a Comissão de Cultura, ambas da Câmara Municipal de Salvador, reforçaram nesta segunda-feira (26), a necessidade da participação dos gestores da Rede Atakadão Atakarejo nas reuniões dos colegiados sobre o caso Yan e Bruno.
Yan e Bruno, dois jovens negros, foram mortos após serem entregues ao “Tribunal do tráfico” por seguranças da Rede, na loja de Amaralina, no dia 26 de abril deste ano, por terem furtado pedaços de carne. Em nota pública para a sociedade, as comissões lembram que o “alto escalão” da rede de supermercados já foi convidado, mas não compareceu.
A nota é assinada por Marta Rodrigues (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos; Sílvio Humberto (PSB), de Cultura; e Luís Carlos Suíca (PT), de Reparação. O texto destaca ainda que são frequentes e cotidianas as violações aos direitos humanos de afrodescendentes no Brasil, com ocorrências sistemáticas de “agressões, torturas e até mesmo assassinatos em estabelecimentos comerciais, perpetrados por seguranças e/ou outros prepostos das empresas responsáveis”.