Após receber novos documentos, a CPI da Covid-19 vai aprofundar as investigações sobre a atuação informal do empresário Airton Antônio Soligo, mais conhecido como Airton Cascavel. A Procuradoria da República no Distrito Federal afirma que há prints em que Soligo é apontado como o “número 2 do Ministério da Saúde”. Soligo é próximo do ex-ministro Eduardo Pazuello e teria atuado sem vínculo com a pasta em ações contra a pandemia e encontros com autoridades.
Após a atuação do empresário de forma informal nas ações do ministério, Pazuello o nomeou como assessor especial, cargo que ocupou de 24 de junho de 2020 a 21 de março deste ano. Após esse período, Soligo assumiu o cargo de secretário de saúde de Roraima, posto que deixou na semana passada.
Investigações
O primeiro pedido de apuração da suspeita de usurpação de função pública foi da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), em junho de 2020. Na data, ela enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) informações e prints de agendas públicas de Soligo enquanto ele não tinha vínculo com o ministério.
O caso foi encaminhado à Procuradoria da República no Distrito Federal, que pediu a abertura de inquérito à Polícia Federal em novembro. O inquérito corre em sigilo.