Em prisão domiciliar após ser arrolada na Operação Faroeste, a desembargadora Sandra Inês Rusciolelli teria implicado 12 desembargadores, 12 juízes de primeiro grau, 15 advogados e 16 servidores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em sua delação premiada.
De acordo com a Folha, três desses desembargadores ainda não haviam sido citados anteriormente na investigação. Os delatores também citam ao menos um político com mandato no Congresso, empresários e agentes públicos como o ex-secretário de Segurança Pública da Bahia, o delegado da Polícia Federal Maurício Teles Barbosa.
Parte da delação se dedica a esclarecer como foi formado um suposto esquema que envolvia o pagamento de propinas para decisões judiciais relativas a terras do oeste baiano, região conhecida por ser um polo de agronegócio, quais os seus integrantes e o modus operandi.
Desde o início da Faroeste, cuja primeira fase foi em novembro de 2019, outras três desembargadoras além de Sandra Inês foram presas preventivamente: a ex-presidente do TJ-BA Maria do Socorro Barreto Santiago e as magistradas Ilona Reis e Ligia Cunha. Todas elas estão afastadas das suas atividades no tribunal.