Cinco funcionários do hotel localizado na cidade de Hamamatsu, em que estão hospedadas seis pessoas do time de judô brasileiro no Japão testaram positivo para Covid-19, nos últimos dias. O local recebe além dos judocas, mais nove sparrings da equipe.
"Temos conversado diariamente com a cidade para entender o que eles estão adotando de medidas, e a cidade tem sido muito parceira nossa, relatado imediatamente. Eles [funcionários com teste positivo] em momento algum tiveram contato com a nossa delegação, que desde a chegada tem um elevador privativo, não fica em nenhuma área social do hotel", informou a coordenadora médica do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Ana Carolina Corte, em entrevista coletiva promovida pela entidade nesta terça-feira (13).
"A comunicação veio a partir do hotel para a responsável do COB que já estava lá. Todas as medidas deram segurança para mantermos a equipe ali e tornamos ainda mais rigoroso nosso protocolo inicial. O nosso grupo usa máscaras N95 e está orientado a manter as medidas de higiene de mãos o tempo todo, tem alimentação em local exclusivo. A equipe se sente segura nesse hotel, e se eles se sentem seguros, nós nos sentimos também, mas claro que vamos avaliar dia a dia", adicionou, confirmando que a testagem de todos os atletas que já chegaram ao país-sede está sendo feita diariamente, com a divulgação dos resultados no mesmo dia. O período de isolamento para casos positivos foi confirmado pelos organizadores em 14 dias, um ponto que estava aberto pela última versão do guia de regras sanitárias dos Jogos.
De acordo com o diretor de esportes do COB, Jorge Bichara, existe um plano B para acomodar os integrantes, no caso da situação sair do controle. Até o momento, ele acredita que a segurança dos atletas no local está mantida.
Durante a entrevista coletiva, foi informado que 90% da delegação brasileira de 301 atletas inscritos e mais 18 substitutos estão imunizados parcialmente, com apenas uma dose da vacina contra a Covid-19 antes do embarque, e 75% dos participantes do país estão totalmente imunizados.
Bichara alegou ainda, que alguns integrantes da delegação optaram por não se imunizar. O número e os nomes dessas pessoas, porém, não serão divulgados "por questão de ordem pessoal". "Temos nossas convicções, entendemos [a vacinação] como muito importante, significativa, mas respeitamos as posições de cada um. Vamos cobrar de todos respeito às medidas, e mais desses atletas, para manter todas as condições de segurança suas e de todo o grupo", finalizou.