Política

ACM Neto diz que rejeição de Bolsonaro impressiona, e Kassab vê chance remota de reeleição

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, afirma que o resultado da pesquisa mostra que as condições de impeachment ganham mais corpo.

Reprodução / Redes Sociais
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O recorde de reprovação de Jair Bolsonaro, revelado pelo Datafolha nesta quinta (8), coloca a chance de reeleição em 2022 como cada vez mais remota, na opinião de Gilberto Kassab, presidente do PSD. Para ACM Neto, o número, 51%, impressiona. "Não sabemos qual é o piso da avaliação negativa do governo", diz o presidente do DEM ao Painel.

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, afirma que o resultado da pesquisa mostra que as condições de impeachment ganham mais corpo.

Kassab faz a ressalva de que a pesquisa é fotografia do momento, mas é categórico na avaliação. "Cenário de falta de chance absoluta de se reeleger. Não há analista político que possa ver hoje na candidatura do presidente uma viabilidade", afirma o ex-prefeito de São Paulo.

"Realmente, a gente já tem quase 30 anos de experiência de vida pública, várias eleições, acho muito difícil a reversão desse quadro", completa.

Apesar da situação pior a cada levantamento do Datafolha, o presidente do PSD diverge de Gleisi e não vê aumento nas chances de impeachment. ACM Neto também afirma que a pesquisa não altera o cenário.

"Não vai dar impeachment na semana que vem, mas a batata começa a assar. Está com uma rejeição acima de 50% em uma crise como a que nós temos e com aumento no nível de denúncias, sem que ele faça nada para mudar a situação", diz a presidente do PT.

Assim como Gleisi, Kassab avalia que Bolsonaro governa pensando apenas nas urnas, o que atrapalha sua gestão, mas afirma que não vê fato concreto para o impeachment, instrumento que não pode ser banalizado.

“Minha impressão, ou certeza, é que esse governo está totalmente focado nas urnas”, diz Kassab. “As pessoas querem ser protegidas, ver o governo atuando, ver manifestações positivas. Isso não tem acontecido”, completa.

Na avaliação do líder do PSD, que planeja candidatura própria de seu partido para a presidência em 2022, o encolhimento do potencial eleitoral de Bolsonaro mostrado pelo Datafolha tem reflexo na disputa. “Quem não quer o PT já passa a procurar alternativas. Hoje fica claro que ele está muito fragilizado”, afirma.