Após uma denúncia de que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, teria cobrado propina de um representante que vende vacinas contra a Covid-19, a pasta decidiu exonerar Dias.
Por meio das investigações ocorre suspeitas de irregularidades na compra da vacina Covaxin. A previsão é que a medida seja publicada nesta quarta-feira (30) no Diário Oficial da União. A decisão foi tomada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Em entrevista exclusiva à Folha de S. Paulo, Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply, afirmou que recebeu de Dias um pedido de propina de US $1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.
Segundo ele, Dias cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro.
Roberto Dias foi indicado ao cargo pelo líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Sua nomeação ocorreu em 8 de janeiro de 2019, na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM).
Em uma rede social nesta terça, Barros negou ter indicado Dias ao posto.
Em relação à matéria da Folha, reitero que Roberto Ferreira Dias teve sua nomeação no Ministério da Saúde no início da atual gestão presidencial, em 2019, quando não estava alinhado ao governo. Assim, repito, não é minha indicação. Desconheço totalmente a denúncia da Davati.
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) June 30, 2021