A Justiça de São Paulo determinou a um banco que detalhasse as transferências recebidas por um escritório ligado ao agora ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
De acordo com a Folha, a ordem atendeu a um pedido do Ministério Público de São Paulo, que apura em inquérito sigiloso suspeitas de enriquecimento ilícito do ex-ministro na década passada, quando alternou a atividade de advogado com a de servidor na administração de Geraldo Alckmin (PSDB).
Necessária à continuidade da devassa feita em seu patrimônio, a iniciativa da Promotoria foi mais um passo no trabalho e se somou a outras providências adotadas recentemente em investigações que tramitam em outras esferas e que tornaram ainda mais frágil a sustentação política de Salles.
Ele foi exonerado do cargo na quarta-feira (23) após dois anos e meio no primeiro escalão do governo federal. Além de investigado, saiu sob acusações de desmontar a fiscalização ambiental, perseguir servidores e aparelhar órgãos subordinados a ele com aliados inexperientes.
Transações financeiras do ex-ministro a partir do mesmo escritório de advocacia que está no foco do MP de São Paulo foram apontadas como suspeitas durante o período em que comandou o Meio Ambiente.