Política

CPI da Pandemia entra em nova fase de investigação, afirma Randolfe

O servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda prestou depoimento ao Ministério Público Federal em março

Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

O vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou nesta terça-feira (22) que uma nova frente se abre na comissão: a da investigação sobre corrupção ativa e passiva. O ponto de partida, segundo o senador, é a votação dos requerimentos para depoimento do servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda e do seu irmão, o deputado federal Luis Claudio Fernandes Miranda (DEM-DF). Os requerimentos estão na pauta da CPI desta quarta-feira.

"Nós já tínhamos os dados que confirmam que ocorreu omissão da parte do governo federal na aquisição de vacinas, já descobrimos a atuação de um gabinete paralelo no enfrentamento à pandemia e agora nós estamos abrindo uma terceira vertente, que é o fato de que ocorreu um "cumpliciamento" entre agentes privados e agentes públicos em detrimento do erário", afirmou Randolfe após a reunião desta terça-feira.

O servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda prestou depoimento ao Ministério Público Federal em março, em um inquérito que investiga se houve favorecimento na negociação de compra da vacina Covaxin, produzida pela Bharat Biotech. No depoimento, ele alegou ter sofrido pressão de superiores para assegurar a importação dessa vacina, cujo custo de aquisição foi superior ao de outras fabricantes.

De acordo com Randolfe Rodrigues, o irmão do servidor, o deputado federal Luis Claudio Fernandes Miranda, procurou a CPI e se ofereceu para prestar depoimento. Em declarações públicas recentes, o deputado afirmou que, no caso da compra da vacina da Bharat Biotech, há fatos ainda mais graves do que a pressão relatada por seu irmão.