A polícia francesa enviou cerca de 50 agentes do seu corpo de elite a Bamako, capital do Mali, após a invasão do hotel Radisson Blue por parte de um grupo de terroristas islâmicos. A hospedagem costuma ser usada por funcionários da companhia aérea Air France.
Segundo a imprensa local, o grupo formado por 12 pessoas mantiveram cerca de 170 reféns durante horas, entre eles funcionários e hóspedes, incluindo os colaboradores da empresa francesa.
O ataque deixou ao menos três mortos. Segundo a agência de notícias "AFP", esse número já chegou a 18, mas a informação ainda não foi confirmada pelas autoridades.
O grupo jihadista Al Mourabitoun, que tem Mokhtar Belmokhtar, ex-chefe da Al Qaeda no Magreb, como um dos seus fundadores, reivindicou o sequestro em um hotel de Bamako, capital do Mali.
"Mais uma vez os terroristas quiseram marcar sua presença bárbara em lugares onde podem assassinar e impressionar. Devemos demonstrar a nossa solidariedade ao Mali, um país amigo", disse o presidente da França, François Hollande.
O mandatário também pediu para os cidadãos franceses procurarem a Embaixada da nação europeia em Bamako para garantirem sua segurança.
De acordo com a agência turca "Anadolu", os terroristas entraram no Radisson Blue a bordo de um carro com placa diplomática. Além disso, eles teriam libertado pessoas capazes de citar trechos do "Corão", o livro sagrado do Islã.
Situado no oeste da África, o Mali é uma ex-colônia francesa independente desde 1960. Com uma população de 15,3 milhões de habitantes e parte de seu território ocupado pelo deserto do Saara, o país é palco hoje de movimentos radicais islâmicos.
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