Os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid não vão aceitar as tentativas do empresário Carlos Wizard de não depor presencialmente à comissão nesta quinta-feira (17), conforme convocação feita há duas semanas.
Os senadores decidiram entrar na Justiça com um pedido de apreensão do passaporte do empresário que é acusado de integrar o gabinete paralelo, que assessorava Jair Bolsonaro em questões relacionadas à Covid-19. Wizard está nos Estados Unidos desde abril e por isso pede para depor através de videoconferência.
De acordo com a coluna de Lauro Jardim para o jornal “O Globo”, o pleito foi negado pela CPI com base no artigo 218 do Código de Processo Penal que diz: "de, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública”.
Os advogados de Carlos Wizard foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pediram um habeas corpus para que o empresário não compareça ao depoimento na CPI desta quinta.
Se não for dispensado da oitiva, sua defesa pede que o depoimento seja dado via videoconferência, além de ter o direito ao silêncio. A decisão sobre esses pleitos será do ministro Luís Roberto Barroso.