A África do Sul, que enfrenta a terceira onda da pandemia da Covid-19 e está atrasada na vacinação contra o vírus, anunciou no sábado (12) que terá que colocar duas milhões de vacinas da Johnson & Johnson em análise, por suspeitas de contaminação. As autoridades americanas anunciaram que "vários lotes" da vacina, fabricada em Baltimore, nos Estados Unidos, terão que ser retirados.
“Temos dois pacotes lacrados, representando 2 milhões de doses atualmente mantidas no armazém de Gqeberha (ex-Port Elizabeth, Sul)”, comentou a ministra da Saúde da África do Sul Mmamoloko Kubayi-Ngubane a jornalistas durante uma visita ao hospital. A autoridade reguladora de produtos de saúde (Sahpra) terá que se pronunciar sobre sua provável retirada.
Em março, testes realizados na fábrica americana revelaram que produtos que entram na composição da vacina AstraZeneca, fabricada no mesmo local, foram misturados erroneamente às vacinas J&J, causando a contaminação de milhões de doses e deixando-as inutilizáveis.
“Não podemos negar que é um retrocesso em nosso programa de vacinação”, acrescentou a ministra. Uma entrega de 300 mil novas doses de J&J está prevista para terça-feira, disse Kubayi-Ngubane.