Esporte

Copa América: após casos de Covid-19 nos venezuelanos, presidente da CLP afirma que evento é "um crime"

Todos estão assintomáticos e isolados em seus quartos de um hotel de Brasília

Divulgação/Federação Venezuelana de Futebol
Divulgação/Federação Venezuelana de Futebol

A delegação da Venezuela chegou ao Brasil na última sexta-feira (11), para disputar a Copa América. O time que deve enfrentar a seleção brasileira hoje (13), em Brasília, às 18h, fez testes de PCR realizados pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e foram detectados doze casos de infectados com Covid-19, envolvendo jogadores e comissão técnica. Todos estão assintomáticos e isolados em seus quartos de um hotel de Brasília.

Ainda na sexta (11), a Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados (CLP), fez uma audiência pública sobre as consequências da realização da Copa América em meio a uma possível terceira onda da epidemia. Durante o debate, especialistas e sociedade civil alertaram sobre o perigo de propagação do vírus e surgimento de novas cepas durante o torneio. Porém, o coordenador operacional da Copa América, representando a Confederação Brasileira de Futebol, André Pedrinelli, afirmou que severas medidas de segurança estavam garantidas. 

“Temos um protocolo de assistência médica, acordado com todos os entes federativos envolvidos nos jogos, e uma portaria da Anvisa que regula a entrada das equipes estrangeiras. Todos ficarão em hotéis com ambientes controlados, proibidos de sair do local, e serão testados a cada 48 horas. Em cada cidade-sede temos dois hospitais credenciados e um laboratório. Além de uma série de medidas no transporte das delegações e para quem vai trabalhar nos estádios”, afirmou Pedrinelli.

No sábado (12), o presidente da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados (CLP), deputado Waldenor Pereira (Partido dos Trabalhadores-BA), denunciou que “é mais um crime do presidente Jair Bolsonaro promover um evento como a Copa América em nosso país, quando a pandemia caminha para uma possível terceira onda e estamos chegando a 500 mil mortos. Falta vacina, comida, moradia e emprego, não é hora pra campeonato de futebol. É desprezo e falta de respeito às famílias das vítimas”, rechaçou.