Taxistas da região Comércio de Salvador estiveram no estúdio da Rádio Nova Salvador FM (92,3), durante o programa Ligação Direta, nesta quinta-feira (19), chamando atenção da Prefeitura de Salvador e a Gerência de Táxis e Transportes Especiais da Prefeitura (Getaxi), ligada à Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), quanto ao descaso que tem passado.
Segundo a categoria que representa cerca de 80 taxistas da região, alguns pontos nos quais utilizam (Rampa, Mercado Modelo e Pau Mole) tem sofrido interdições por conta das obras de requalificação realizada pela Prefeitura. Estas obras, de acordo com o taxista Clôdes Carvalho, provocaram a “expulsão” da categoria do local.
“Não fomos avisados quanto a ação. Procuramos os responsáveis pela obra, convidaram-nos a comparecer à Prefeitura para uma conversa com o prefeito e uma vez lá não fomos recebidos. Procuramos a Getaxi que nos informou desconhecer à situação, não sabendo o que será feito. E agora pergunto, como ficaremos? Precisamos trabalhar”, indagou.
Sem resposta, o grupo de taxistas realizarão às 9h de hoje, uma reunião com líderes políticos, na Ladeira da Preguiça: “Baseado nessa reunião, caso não haja um acordo de relocação por parte da Prefeitura e da Getaxi, daremos continuidade a manifestação que acontecera amanhã às 12h, no entorno do Mercado Modelo. Todos os taxistas estão convocados para fortalecer essa luta que é nossa”, informou o taxista, Irailton Marcarenhas.
Para o taxista Maurício Vasconcelos, a situação como está só irar refletir na população que usufrui do serviço na região: “Principalmente as pessoas que vem da Ilha de Itaparica, Morro de São Paulo e Mar Grande. Muitos têm dificuldade de locomoção, seja por problemas físicos ou de peso, como malas, sacolas, entre outros objetos”.
“Não somos contra as obras, só queremos trabalhar, ter nosso espaço de volta. Isso é o justo. Já tenho 20 anos que trabalho no ponto de táxi do Mercado Modelo e agora tenho essa surpresa”, disse Irailton Marcarenhas.
“Eles precisam entender que com o custo abusivo do combustível, fica impossível estar circulando com o carro pela cidade. Assim pagaremos para trabalhar. Eles precisam tomar uma posição o mais breve, nos relocando para um ponto onde possamos aguardar a chegada do cliente como sempre foi”, complementou Clôdes Carvalho.
(Foto: LD Notícias)