Política

Ramos diz que falta de punição a Pazuello foi "extremamente pensada"

Ramos, afirmou que a decisão de não punir Pazuello por ter participado de um ato político ao lado do presidente foi “extremamente pensada”

NULL
NULL

O ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro e general da reserva do Exército, Luiz Eduardo Ramos, afirmou que a decisão de não punir o general Eduardo Pazuello por ter participado de um ato político ao lado do presidente da República foi “extremamente pensada”.

Ramos declarou que é preciso aceitar que Bolsonaro “é o comandante supremo” das Forças Armadas.

“Em qualquer transgressão disciplinar, de soldado a general, são analisadas as condicionantes da transgressão e a pessoa do transgressor”, disse ao jornal O Globo, na entrevista publicada neste domingo(6).

Ex-ministro da Saúde, Pazuello participou no último dia 23 de maio de em um ato ao lado de Bolsonaro, subiu em um carro de som e discursou ao lado do mandatário e de aliados políticos, após passeio de motocicleta no Rio de Janeiro.

O regulamento disciplinar do Exército prevê punição para o militar da ativa que “manifestar-se publicamente […] sem que esteja autorizado a respeito de assuntos de natureza político-partidária”.

“O comandante do Exército [o general Paulo Sérgio], ao analisar a história de vida do Pazuello, considerou que aquele fato não se constituiu agressão”, defendeu Ramos.

Segundo o ministro, não se pode usar “pesos iguais com pessoas que têm comportamentos diferentes”. Ramos diz que Pazuello participou do ato como civil e que a decisão de comparecer em manifestações “é pessoal de cada um”.

“Em julho do ano passado, pedi para ir para a reserva. Eu estava em uma área em que eu achava que, realmente, trabalhando com política, como general da ativa, não tinha mais razão de eu estar no Exército”, afirmou.