Polícia

Em diálogo com a mãe, Rafael Prado a xinga e ensina corrupção

Em documento que partiu do Ministério Público da Bahia é possível ver a transcrição de toda conversa

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 src=Desde que foi pego na Operação Aleteia, novos indícios do envolvimento de Rafael Cardoso Prado, e sua esposa Ariana Nasi, são revelados. Ambos estão sendo acusados de crimes como sonegação fiscal e fraude em contratos com estados e municípios, principalmente na região Nordeste, investigados na Operação Aleteia. 

Um documento que partiu do Ministério Público da Bahia descreve uma conversa entre Rafael e a mãe, na qual revela que resolve todos os problemas pagando propina a servidores. Os trechos do diálogo são transcrições de telefonemas gravados mediante grampos autorizados judicialmente. Além disso, o que chama a atenção no trecho da conversa é o tratamento que Rafael dá à sua mãe.

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No diálogo, o acusado fala como consegue escapar de multas de trânsito e impedir a perda da carteira de habilitação de uma parente de prenome Luiza. A familiar irá obter o documento em Salvador. No decorrer da conversa, Rafael chama a mãe de "imbecil" e "idiota" por, segundo ele, não compreender como funciona o sistema de corrupção e pagamento de propinas.

O caso
Um esquema de fraude contra o fisco estadual e de concorrência desleal em licitações públicas é o alvo da operação Aleteia, deflagrada no sábado (14) em Salvador e São Paulo. Conduzida por força-tarefa reunindo o Ministério Público Estadual e as secretarias estaduais da Fazenda e da Segurança Pública, a operação já cumpriu três mandados de prisão e 26 de busca e apreensão. O valor estimado do prejuízo causado pelas fraudes fiscais é de R$ 4,5 milhões.

O casal foi preso em São Paulo pela acusação de crimes como sonegação fiscal e fraude em contratos com estados e municípios, aos quais chegavam a fornecer materiais escolares e de escritório pirateados. Os dois foram transferidos, na tarde desta segunda-feira (16), para o Complexo de Delegacia dos Barris e o Presídio Feminino, no bairro da Mata Escura, em Salvador.
    
Eles e o empresário César Matos depuseram na Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), no bairro de Piatã. Presos temporariamente, podem permanecer lá até a próxima quarta-feira (18), por volta das 17h, quando encerra o prazo do encarceramento. 

(Foto: Reprodução)