Brasil

Síndrome respiratória aguda grave: casos devem crescer por todo o país

Outro boletim, divulgado ontem (27) por pesquisadores do Observatório Covid-19 da Fiocruz, já havia alertado para um risco de agravamento da pandemia

Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

O número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tende a crescer na maior parte do Brasil nas próximas semanas, de acordo com o Boletim InfoGripe, no Rio de Janeiro, realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

A análise, divulgada nesta sexta-feira (28), indica que houve uma retomada precoce das atividades e informa que 96% dos casos de SRAG são causados pelo novo coronavírus.

A tendência de aumento na incidência da doença é mais forte no Amazonas, em Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul, onde a probabilidade de uma alta no número de casos passa de 95%. Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Paraná e Santa Catarina também tendem a registrar mais casos de SRAG, porém a probabilidade de essa tendência se confirmar é de 75%. 

Roraima é o estado que tem a mais forte tendência de queda nos casos, com mais de 95%. Também devem apresentar reduções no nível da doença o Amapá, Pará, Piauí e Ceará. A análise aponta ainda uma tendência de estabilidade para o Acre, Rondônia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. 

Outro boletim, divulgado ontem (27) por pesquisadores do Observatório Covid-19 da Fiocruz, já havia alertado para um risco de agravamento da pandemia. "Mantida essa tendência, pode-se prever um aumento na próxima semana para valores em torno de 2,2 mil óbitos por dia (2 mil a 2,4 mil, considerando a margem de erro do modelo)", apontou o boletim.