Os atletas que disputarão os Jogos Olímpicos de Tóquio foram informados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) que devem assinar um protocolo que isenta os organizadores da responsabilidade com relação a problemas com a Covid-19. Segundo a entidade, essa é uma prática padrão nos eventos esportivos.
A questão foi levantada quando o presidente do COI, Thomas Bach, respondia algumas perguntas de uma conversa online com diversos atletas e dirigentes. O alemão disse que sabia da preocupação dos atletas sobre o assunto e passou a palavra para Lana Haddad, que é diretora operacional da entidade. A isenção está incluída no formulário de inscrição que os atletas olímpicos devem assinar, que foi atualizado para incluir considerações relacionadas ao COVID-19.
"Isso é realmente para dar transparência e garantir o consentimento informado dos participantes dos jogos. Os formulários de inscrição são consistentes com a prática padrão de todos os outros organizadores de grandes eventos. E os formulários estão dentro da estrutura da lei", disse Lana.
Alguns grupos de atletas falaram sobre os riscos e responsabilidades que estão sendo colocados sobre os mais de 11.000 competidores que irão participar de 23 de julho, mas a resposta da entidade seguiu:
"Nenhum governo, nenhuma autoridade de saúde pode ou assumiu garantias contra infecções. Este é um risco que todos nós assumimos. Estamos todos seguindo as mesmas regras", disse Haddad aos atletas.
"Tóquio é a cidade olímpica mais bem preparada de todos os tempos. Por causa da pandemia que todos sabemos, infelizmente a experiência dos atletas será muito diferente, mas o importante é que as competições vão acontecer de forma segura e com total respeito pelos atletas. Venham com total confiança a Tóquio e preparem-se", garantiu Bach.
O Japão, que está em estado de emergência decretado em várias regiões por conta do aumento recente de casos de Covid-19, está começando a ver os números diminuírem. A média diária que, no início de mês era de 6.500 casos, agora está um pouco acima de quatro mil.
Menos de 6% da população japonesa tomou a primeira dose da vacina, o menor número entre os países ricos do mundo. Segundo o plano atual do governo, cerca de 30% da população estará vacinada até o final de julho.