Política

Bolsonaro aciona STF contra decretos de governadores para conter Covid-19

Os estados são: Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Norte

Fernando Frazão / Agência Brasil
Fernando Frazão / Agência Brasil

Na quinta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro voltou a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra medidas determinadas por governadores do Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Norte, para evitar a expansão da Covid-19. A ação direta de inconstitucionalidade pede a suspensão dos decretos. 

De acordo com o G1, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), Bolsonaro questionou se as normas adotadas por esses governos para restringir a circulação de pessoas, como forma de evitar a circulação do coronavírus, estão de acordo com a Constituição.

No pedido, a AGU sustenta que é preciso garantir a convivência de direitos fundamentais como os de ir e vir, de trabalho, à vida e à saúde.

"É notório o prejuízo que será gerado para a subsistência econômica e para a liberdade de locomoção das pessoas com a continuidade dos decretos de toque de recolher e de fechamento dos serviços não essenciais impostos em diversos locais do país. Há prejuízos devastadores de toda ordem, com afetação de empregos, de empresas, da segurança doméstica, do desenvolvimento cognitivo das crianças, da saúde emocional das pessoas etc", diz o texto da AGU.

Segundo argumentou a AGU, "à medida em que os grupos prioritários e a população em geral vai sendo imunizada, mais excessiva (e desproporcional) se torna a imposição de medidas extremas, que sacrificam direitos e liberdades fundamentais da população".

Em nota, a AGU afirma que a ação "não questiona decisões anteriores do STF, que reconheceram a competência dos entes subnacionais na adoção de medidas de enfrentamento da pandemia".