Por: Brenda Ferreira
Amanda Rosa é cantora, baiana e mãe. Durante a entrevista no programa Ligação Direta, na Rádio Salvador FM, nesta sexta-feira (7), a artista falou sobre projetos e os desafios de gerar um filho e se tornar mãe numa pandemia.
“Eu sou atriz, MC, cantora, poeta e artesã. Na verdade, quem trabalha com arte de modo geral, precisa fazer várias coisas para sobreviver”, disse ao comentar que o Brasil ainda não investe em artistas. “Tudo isso é parte do que rege o meu trabalho cultural. E a gente acha que temos que dar conta de tudo. Mas, não. Não damos conta de tudo”.
Em dezembro de 2020, Rosa recebeu um prêmio de melhor música com letra, pela “oxe não se bote”. A composição retrata a regionalidade indenitária de mulheres negras baianas. Amanda relatou que o prêmio “chegou como um respirar de que vai continuar o trabalho”.
Projetos – O clipe de “Dança do Viver” será lançado neste domingo (9), às 12h, no YouTube da cantora e é uma parceria com a AfroTV no projeto “mães na quarentena”. O clipe mostra os desafios enfrentados por mães que começaram a criar seus filhos dentro de casa. “O que tem sido muito complicado é estarmos presos dentro de casa. Eu fui criada no interior, em Seabra, onde todo mundo ficava junto sempre, tinha contato com a família e agora a gente não está podendo fazer isso”, relatou.
Apoio paternal – A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra que o Brasil tem 67 milhões de mães, segundo pesquisa do Instituto Data Popular. Dessas, 31% são solteiras e 46% trabalham. Amanda Rosa descreve como um grande problema e, embora entenda que é obrigação de todos os homens apoiarem seus filhos e as mães, ela agradece pelo apoio que tem em casa. “Graças a Deus tenho conseguido ter o apoio do pai do meu filho”. Ainda é muito difícil os homens entenderem que isso não é ajuda, é obrigação. O filho também é deles. Mas, ainda sim, agradeço muito porque sei que isso não é a realidade de todo mundo.