Os dados de emprego do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o CAGED, do Ministério da Economia, registraram o fechamento de 598 vagas no mês de março. Embora a maioria das atividades tenha tido saldo positivo, entre admitidos e demitidos, o ritmo menor de geração de vagas e o setor de vestuário, que encerrou 774 postos de trabalho, levaram ao resultado negativo no mês. As informações são da Fecomércio-BA, através da assessoria econômica.
Em março, além do setor de vestuário, o grupo Outras Atividades também ficou no negativo em 364 vagas. Ele é composto por comércio de combustíveis, joalheria, artigos de viagens, etc. Já o grupo Eletroeletrônicos, móveis e decoração com saldo negativo de 120 vagas.
No campo positivo, seguem abrindo vagas os setores de materiais de construção (268) e hiper, supermercados e mercados de alimentos específicos (214).
Os demais segmentos que registraram saldo positivo em março foram: concessionárias de veículos (107) e Farmácias e Perfumarias (71).
No acumulado do trimestre, o comércio baiano soma 5,1 mil postos de trabalho abertos, também liderado pelos materiais de construção, seguido de supermercados e demais mercados de alimentos. O único setor que teve saldo negativo na primeira parte do ano foi o de vestuário com 1,5 mil vagas fechadas.
O economista Guilherme Dietze explica que, apesar do desempenho negativo no mês, o cenário é melhor do que se esperava diante do poder de impacto da segunda onda do coronavírus. "Como o comércio teve restrições ao longo dos meses de março e abril, o próximo dado deve vir ainda pressionado para baixo. De qualquer forma, o bom saldo do trimestre ainda mantem a renda das famílias e o poder de consumo no curto prazo".
Portanto, o economista revela que o quadro de emprego na Bahia está relativamente positivo e deve ajudar o comércio, no momento da reabertura gradual, a impulsionar o faturamento das empresas e girar a roda da economia de forma mais rápida, do emprego, renda e consumo.