No último dia 14, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis na Bahia (Creci), em solenidade na internet, homologou o registro de 70 novos profissionais para atuação no estado. Com isso, já são 260 novos corretores operando no mercado imobiliário local somente em 2021. Mais diplomações pelo Creci estão previstas para ocorrer em sextas-feiras de maio, dias 14 e 28.
De acordo com o presidente da entidade no estado, Samuel Arthur Prado, o crescimento no número de profissionais é explicado pela pandemia. Ou seja, ao passo que vários setores da economia patinam e aproximadamente 14 milhões de brasileiros procuram emprego, o mercado imobiliário segue na contramão da crise.
“Mas qual a importância e o papel do corretor nos negócios imobiliários?” – deve se perguntar o iniciante na busca da sonhada casa própria. Respostas dos especialistas: toda importância e mais um pouco.
“Não é obrigatória (a intermediação), mas recomendada, obviamente. De forma a garantir a segurança que esse tipo de transação requer”, diz Prado, ressaltando que a matrícula de todo corretor – demonstrando se ele está habilitado ou não a exercer a função – pode ser consultada no portal da instituição na internet.
Também não existe “valor fixo” cobrado pelo serviço. Em se tratando de imóvel residencial urbano, entretanto, a comissão usualmente fixada é de 5% sobre o valor da venda – que é de responsabilidade do vendedor do bem, ou proprietário; e 3%, no caso de unidade nova comercializada por construtora/incorporadora, explica a corretora e conselheira do Creci baiano Luzia Magna Di Faria, 62.
Especialista em venda de apartamentos, com 22 anos de experiência, Luzia destaca que “a pandemia trouxe uma situação bastante singular e inesperada”. “Que foi o de uma melhora no ambiente de negócios, em que a taxa Selic [referencial de juros da economia] é a mais baixa já praticada na história, existe oferta de crédito, as pessoas voltaram mais a atenção para a importância da casa, e começa a haver valorização dos preços dos imóveis, que há tempo estavam estagnados”, afirma.
Gestão de risco
Sobre o papel do corretor, ela diz: “De fundamental importância. Deixou de ser o de um simples intermediador passando a gestor de risco e segurança, um assessor em investimentos que presta consultoria sobre onde melhor aplicar o dinheiro”.
Luzia ainda dá dicas para quem está na busca de um imóvel próprio. “Fazer uma pesquisa de mercado. Simular financiamento bancário, saber qual instituição oferece a melhor condição e barganhar junto ao seu gerente de relacionamento”.
De acordo com a corretora e gestora de imóveis Marilândia Figueiredo, ainda existem “lendas com relação à imagem do profissional da corretagem, que vão desde que encarece todo o processo, até mesmo que são maus profissionais”.
“Eu trabalho duríssimo, e existem maus profissionais em absolutamente todas as áreas. Na venda de um imóvel existem interesses de ambas as partes, e o papel do corretor é facilitar a transação, tendo toda informação sobre os trâmites. Informar sobre taxa de financiamento, certidões de ônus. É fazer com que o processo seja mais fácil, transparente, menos burocrático e traumático”, diz Mariângela.
Fonte: ADEMI-BA
MC