Os pagamentos indevidos feitos pela Petrobrás, entre 2004 e 2014, para 27 empresas alvos da Operação Lava Jato, podem atingir a cifra dos R$ 42 bilhões, aponta um novo laudo pericial da Polícia Federal. De acordo com o Estadão, até aqui o número máximo estimado era de R$ 20 bilhões, aproximadamente. O suposto esquema de cartel comandado pelas maiores empreiteiras do País agia em conluio com políticos do PT, PMDB e PP e agentes públicos fatiando obras e pagando propina.
Este mesmo documento apontou pagamentos da empreiteira Odebrecht para o Instituto Fernando Henrique Cardoso e para o Instituto Lula e a LILS Palestras, Eventos e Publicações, ligadas ao ex-presidente petista. “Considerando que em ambiente cartelizado a competitividade fica praticamente descartada, estima-se que os percentuais de lucros excessivos aplicados pelas empreiteiras cartelizadas possam ter variado entre o mínimo de 3%, correspondente aos valores repassados a partidos políticos e aos ex-funcionários da Petrobrás, podendo chegar a até 20%”, informa o laudo 2311/2015.
Os 20% seriam “um percentual conservadoramente considerado como máximo para a majoração indevida dos lucros decorrentes dos preços excessivos, aplicados em ambiente desprovido de livre concorrência”, registra o documento do Setor Técnico-Científico da Polícia Federal, em Curitiba. O relatório elenca em uma tabela a origem dos pagamentos feitos pela Petrobrás para as 27 empresas apontadas como integrantes do cartel alvo da Lava Jato, num total de R$ 215,67 bilhões.
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