O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), não se intimidou com a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na noite desta quinta-feira (11). Durante sua live semanal no Youtube, o chefe do Executivo nacional leu uma carta de sucídio, supostamente escrita por um baiano que decidiu interromper a vida tamanho o sofrimento com os prejuízos financeiros provocados pela pandemia.
Bolsonaro culpou prefeitos e governadores, que têm imposto restrições nas cidades, e reforçou seu posicionamento contra as medidas de distanciamento social.
Questionado sobre o assunto em coletiva de imprensa virtual na manhã desta sexta-feira (12), Bruno respondeu: "Por que não volta com auxílio, não dá apoio aos empresários reduzindo salários? Quem pode fazer isso é o governo federal, que tem condições de emitir moeda, furar teto de gastos, se endividar. Essa carapuça eu não irei vestir", frisou o prefeito.
No âmbito federal, o auxílio emergencial foi garantido (veja aqui), mas agora com o repasse entre R$ 175 e R$ 375 para os beneficiados, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes. Já o benefício dado às empresas para preservar empregos não foi renovado.
Em Salvador, a prefeitura envia hoje à Câmara o projeto que prorroga o auxílio municipal, de R$ 270, por mais três meses, e também a doação de cestas básicas para estudantes (saiba mais aqui).
"A Feira de São Joaquim está funcionando, em nenhum momento foi interditada. Estamos dando apoio a feirantes, ambulantes, camelôs, coisa que ele não fez. Ele retirou o auxílio emergencial. Aqui eu mantive, e olha que eu não tenho o mesmo orçamento, a mesma situação do governo federal", criticou Bruno.
A capital baiana está com o comércio fechado desde o último dia 27. Nesta sexta, o prefeito admitiu que vai defender a extensão das medidas previstas para expirar às 5h da próxima segunda-feira (15).
BNotícias /// Figueiredo
