Com o consumo de automóveis no nível mais baixo em oito anos, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entidade que representa as concessionárias, informou que a crise está reduzindo o tamanho da rede de distribuição de veículos.
Segundo a associação, fecharam as portas entre janeiro e agosto 691 revendas, quando a demanda por carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus encolheu 21,4%, chegando ao menor volume desde 2007, com 1,75 milhão de unidades licenciadas nos oito meses.
Ainda de acordo com Fenabrave, a situação não foi mais crítica porque outras 344 lojas foram inauguradas no mesmo período, Jeep, Audi e BMW. No saldo final, houve uma diminuição de 347 lojas do total de revendas em operação no Brasil, o que representa cerca de 4% da rede nacional de aproximadamente oito mil concessionárias. A crise afetou ainda 17 mil trabalhadores que perderam seus empregos.
A cidade do Salvador não escapa da crise. Em outubro deste ano, o Grupo MC, conjunto de empresas liderado pela Morena Veículos, anunciou o fechamento de uma das unidades na capital baiana, na Avenida Magalhães Neto. Eles alegaram que passam por “uma restruturação empresarial por meio de recuperação judicial”. O prédio ficou com o banco Itaú como forma de pagamento.
Agora, a Fiori, do grupo Parvi, desativou a unidade que ficava no Rio Vermelho, e segue no mercado soteropolitano com apenas duas filiais, uma no Retiro e outra na Avenida Luis Viana, a Paralela. O fechamento foi confirmado pelo diretor de vendas da marca, Rodrigo Garrido, que entretanto, negou que o grupo esteja passando por uma crise.
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