Política

PT não desistiu de frente ampla, mas não vejo como prosperar com Ciro, diz Jaques Wagner

O grande número de militares em funções no governo revela a existência de um desvio de função

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ConJur - Jaques Wagner é alvo de investigação de fraudes em obras

 

Uma das principais lideranças nacionais do PT, o senador Jaques Wagner (BA) afirma que o partido não desistiu de compor uma aliança eleitoral contra Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022, mas que não vê como prosperar com Ciro Gomes, do PDT.

Em entrevista à Folha, o petista, que assumiu a Comissão de Meio Ambiente do Senado, avalia que o grande número de militares em funções no governo revela a existência de um desvio de função e prega que o discurso ambiental é a frente ampla contra o negacionismo.

O PT insistirá em uma candidatura própria em 2022, mesmo diante do risco de uma alta rejeição favorecer Bolsonaro em um segundo turno? 

Assim como a nossa aprovação, que chegou a 80% na saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não é eterna, a rejeição ao PT também não é. Ela vem diminuindo por pessoas que constatam que foi um equívoco apostar em um antipetismo mesmo votando no que está acontecendo no Brasil.

Naquele segundo turno, era a tentativa dessas pessoas sonharem com a matriz dessa pergunta: “É melhor apoiar o outro, porque aí a gente mata o PT e ele desaparece em 2022”. Nâo funciona assim. O PT tem raízes e contribuições.

E é claro que tem erros. A gente nasceu há 41 anos com pessoas que não tinham ainda experiência em governo. E ganhamos a Presidência da República quatro vezes. Eu creio, mas não tenho bola de cristal, que ganharemos a quinta.

 

 

Folha // Figueiredo