Quatro dos 11 membros do conselho de administração da Petrobras informaram a companhia que não aceitarão a recondução ao cargo na próxima assembleia geral extraordinária da estatal.
A decisão vem após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidir trocar Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna no comando da petroleira por críticas à política de preços da empresa. A troca foi interpretada pelo mercado como interferência do governo na estatal.
Bolsonaro tem o direito de indicar o presidente da Petrobras porque a União é a maior acionista da companhia. A nomeação, porém, depende de aval do conselho. O mandato de Castello Branco se encerra em 20 de março.
A recondução deles havia sido proposta pela União, conforme ofício do Ministério de Minas e Energia recebido pela companhia em 19 de fevereiro. Além desses quatro, a Petrobras tem outros três conselheiros indicados pelo governo federal.
"Em virtude dos recentes acontecimentos relacionados as alterações na alta administração da Petrobras, e os posicionamentos externados pelo representante maior do acionista controlador da mesma, não me sinto na posição de aceitar a recondução de meu nome como conselheiro desta renomada empresa, na qual tive o privilégio de servir nos últimos sete meses", afirmou o conselheiro Omar Carneiro da Cunha, segundo comunicado da Petrobras desta terça-feira (2)
Folha /// Figueiredo