Bahia

Comerciantes dizem que turistas relutam em usar máscara na Bahia

O lixo é outro problema no local

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Ao escolher um destino isolado para viajar durante a pandemia, pode ser tentador pensar que os riscos ficaram para trás. Mas os cuidados para evitar a Covid-19 precisam ser mantidos mesmo nesse tipo de turismo. O empresário Filipe Baxter Khoury, morador há quatro anos da vila de Moreré, na ilha de Boipeba, em Cairu (BA), conta que é comum os visitantes se recusarem a usar máscaras por ali. Boipeba ficou fechada para visitação entre abril e setembro do ano passado para evitar o contágio da doença. Ele tem uma padaria e diz já ter ouvido clientes ameaçarem ir para outro lugar caso fossem obrigados a usar máscara no local. "Eu não tenho dificuldade em mandar a pessoa embora, mas isso não é a realidade de todo mundo", afirma.

Segundo a prefeitura de Cairu, oito casos de Covid-19 foram registrados no vilarejo até quarta-feira (4) –em toda a cidade eram 796, o que representa 4,3% da população, com oito mortes. Em restaurantes, quiosques e pousadas, havia material recomendando distanciamento social, produzido pela Prefeitura de Cairu, e dispensers de álcool em gel.

Profissionais da cadeia de turismo –barqueiros, motoristas de quadriciclo, garçons, caixas dos mercadinhos– usavam o item de proteção no rosto sempre que viajantes se aproximavam, mas quando estavam apenas entre eles, o uso raramente foi observado. Segundo o secretário de Turismo, houve um aumento no número de casos na cidade depois das festas de final de ano, mas eles já estariam diminuindo. Para chegar a Moreré, é possível ir de monomotor diretamente de Salvador ou fazer um caminho maior, passando pela ilha de Itaparica, a cidade de Valença e a vila de Velha Boipeba. Esse caminho também é feito por aqueles que buscam atendimento médico.

O lixo é outro problema no local. Com coleta deficiente, os moradores pedem que os visitantes evitem embalagens descartáveis e levem de volta o lixo que produzirem na viagem.

 

Reprodução: Yahoo

MC