Mesmo transbordando de emoções e mágoas do Regime Militar de 1964 que qualificou seu avô Carlos Marighella de "terrorista" e passou a persegui-lo, Maria Marighella foi eleita vereadora de Salvador pelo PT com 4 mil votos.
Em entrevista exclusiva ao programa Ligação Direta da Salvador FM, nesta segunda,25, a vereadora pregou o diálogo e o debate de idéias para a conquista de ações no combate a desigualdade social.
Ela defendeu com todo vigor a recuperação da cultura como forte elemento de redução dessa desigualdade, ao invés da luta armada, como pregou seu avô, até porque o momento é outro.
Ela se formou em artes cênicas, com foco em interpretação teatral pela Universidade Federal da Bahia, trabalhou como assessora especial da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.
Trabalha com gestão pública desde 2012, tendo assumido papéis como a coordenação de teatros no estado e participado do Conselho da Política Nacional das Artes.
" Foi no teatro que pude ver e identificar minha cutura política contra o ódio e a vingança", disse Maria Marighella, acrescentando que embora pequena com apenas 8 veredores " teremos uma rede política combativa de oposição na Câmara Municipal de Salvador".
Perguntada pelo âncora do programa, Marcelo Carvalho, sobre o que pensava do presidente Jair Bolsonaro, a vereadora vez várias considerações se distanciando da pergunta que obrigou o âncora a insistir na resposta.
Finamente, ela disse "que todos já sabiam quem era Jair Bolsonaro e seus filhos". Destacou a posição de Jair Bolsonaro em apoio a ditadura tanto sim que, durante a votação do Impeachment da presidente Dilma Rousseff, ele ressaltou a atuação do coronel Ustra, segundo ela, um dos torturadores do Regime Militar de 1964.
Da Redação do LD Notícias por Alberval Figueiredo
Jornalista