O governador da Bahia Rui Costa (PT) criticou, nesta terça-feira (12), a demora por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para liberação do uso emergencial de vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
"A postura da Anvisa, é incompreensível, irracional e inaceitável […] Vários países do mundo aceleraram a aprovação emergencial. A Anvisa sequer tem um cenário ou uma data prevista para aprovação emergencial, é inimaginável, o Brasil será um dos últimos países do mundo a vacinar", afirmou.
Além da critica pela lentidão, o chefe do Executivo estadual afirmou que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) transformou a Anvisa "num aparelho partidário, ideológico e político". O petista destacou que o órgão era tido como referencia mundial na área de saúde e que a sociedade não pode aceitar tal transformação.
"Nós temos condição de começar a imunizar o povo da Bahia na semana que vem, eu só preciso que a Anvisa diga que está autorizado o uso emergencial, não precisa nem passar o dinheiro para o Estado. Não quer passar [o dinheiro], não passe, mas eu preciso da autorização para ir lá comprar, eu não posso aplicar a vacina sem a Anvisa autorizar", garantiu o governador.
Acompanhado do candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Baleia Rossi (MDB-SP), Rui cobrou que seja imposto um freio ao presidente Bolsonaro por suas atitudes na pandemia do novo coronavírus. Rossi pregou cautela sobre pautar um processo de impeachment caso seja eleito, mas que a possibilidade será analisada.
"Nós não vamos abrir mão das prerrogativas do presidente e vamos fazer todas as análises. Como o governador [Rui Costa (PT)] falou, não é algo que é de bandeira de uma candidatura, mas tem que ser analisado", afirmou o emedebista.
Nesta terça, Rossi se reuniu com o senador Jaques Wagner (PT) e, depois, com o governador Rui Costa (PT), numa tentativa de garantir os votos dos deputados petistas baianos. Além do encontro com os petistas, Baleia ainda irá se encontrar com o presidente nacional do Democratas, ACM Neto.
BNwes/// Figueiredo