Política

Rui pede racionalidade para eleição em 2022: 'Parar de reproduzir esse sentimento de ódio'

As eleições de 2022 não passam pelo resultado eleitoral de 2020, mas sim pela substituição do ódio pela razão na hora do voto,, diz Rui

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Rui pede racionalidade para eleição em 2022: 'Parar de reproduzir esse sentimento de ódio'

 

Desde a vitória da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre Aécio Neves (PSDB) em 2014, o debate político nacional se alimenta de uma oposição constante entre petismo e antipetismo. Para o governador Rui Costa (PT), em entrevista exclusiva para o Bahia Notícias, o caminho às eleições de 2022 não passa pelo resultado eleitoral de 2020, mas sim pela substituição do ódio pela razão na hora do voto.

“O cenário de 22 terá muito a ver com o cenário nacional. Esse, sim, na minha opinião, terá influência no destino do país e dos estados. E é um debate a ser construído: até 2022, o que será do Brasil, qual vai ser o arranjo eleitoral. Eu espero, profundamente, que a sociedade brasileira e a mídia parem de reproduzir esse sentimento de ódio, de intolerância, senão a gente não vai sair dessa crise que já dura seis anos”, afirmou Rui.

Considerado por adversários como o grande derrotado das eleições no estado, o governador viu seus candidatos Zé Neto (PT) e Zé Raimundo (PT) serem derrotados em Feira de Santana e Vitória da Conquista, respectivamente, por prefeitos sem grande aprovação popular. Para analistas políticos, o sentimento de rejeição à sigla foi decisivo para a vitória dos atuais gestores. Nesse mesmo contexto, em municípios com mais de 200 mil eleitores em todo o país, a legenda elegeu apenas quatro prefeitos.

“Espero que, nos próximos meses, a sociedade pare de emular sentimento de ódio, intolerância com quem quer que seja. Que se deixe que o debate programático, de conteúdo, seja feito para que a gente vote com racionalidade em 2022”, pediu o governador do estado.

CUTUCADA

Rui também reclamou dos partidos que têm cargos no governo Bolsonaro mas que negam ser parte da gestão aprovada por apenas 11% dos soteropolitanos, segundo o Ibope. “Muitos partidos vão sugando cargos e obras do governo federal. Gente com cargo no governo, ministério, mas nega participação. Usufrui o máximo que pode e depois se afasta. Tô usando e tentando fazer a imagem de que não uso”, cutucou.

O DEM, adversário do governador Rui Costa na Bahia, é um dos partidos que possuem filiados no governo federal, mas que não se colocam como apoiadores de Jair Bolsonaro (sem partido). Tereza Cristina, ministra da Agricultura, e Onyx Lorenzoni, ministro da Cidadania, são da sigla. Entretanto, ACM Neto, presidente nacional da legenda, nega estar ao lado do presidente da República

 

BNotícias //// Figueiredo