O serviço de mensagens instantâneas WhatsApp baniu 256 contas após denúncias recebidas em uma plataforma fruto da parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os resultados preliminares da programa de denúncia de contas suspeitas de disparos de mensagens em massa foram anunciados nesta quarta-feira (28). A iniciativa visa combater a viralidade e as fake news nas eleições municipais de 2020.
Entre 27 de setembro e 26 de outubro, o canal com o TSE recebeu 1.037 denúncias, sendo 17 descartadas por não estarem relacionadas às eleições. Os dados foram enviados ao WhatsApp para que fosse verificado se as contas indicadas violaram seus Termos de Serviço.
Depois de uma revisão que identificou números duplicados e inválidos, restaram 720 contas válidas, das quais 256 acabaram banidas pelo aplicativo. De acordo com o relatório do TSE, 80% dessas contas foram excluídas automaticamente pelo WhatsApp.
“O resultado preliminar mostra que o canal para denunciar suspeitas de disparo em massa tem sido efetivo. Aos eleitores, o TSE pede que usem o canal de denúncias sempre que receberem mensagens suspeitas, de cunho eleitoral, de modo a contribuir para uma eleição limpa e justa. Aos partidos e candidatos, o tribunal alerta: disparo em massa é ilegal e pode ser punido”, destacou a secretária-geral da Presidência do TSE, Aline Osorio.
A Justiça Eleitoral proíbe disparo em massa de mensagens através de serviços de automatização. Em 2018, o jornal Folha de S.Paulo revelou que empresários apoiadores do então candidato Jair Bolsonaro bancaram o disparo em massa contra o principal adversário, Fernando Haddad (PT). O petista também foi multado pelo TSE pelo impulsionamento irregular de conteúdo desfavorável ao rival.
O diretor de Políticas Públicas do WhatsApp no Facebook Brasil, Dario Durigan, afirmou que a aliança com o tribunal vem mostrando resultados positivos para o pleito brasileiro.
Reprodução: Congresso em Foco
da Redação do LD