Em 2019, ao buscarem atendimento de saúde, 76,5% das pessoas costumavam procurar o mesmo lugar, médico ou serviço de saúde, sendo que 69,8% delas procuram estabelecimentos públicos de saúde. Dentre os tipos de estabelecimentos indicados, a Unidade Básica de Saúde (UBS) foi a mais citada, com 46,8%, chegando a 55,3% no Norte e 54,1% no Nordeste.
Apenas 28,5% da população do país (59,7 milhões de pessoas) tinham algum plano de saúde, médico ou odontológico em 2019. Na população com rendimento mensal de até ¼ de salário mínimo, somente 2,2% tinham plano de saúde médico. Já na faixa de mais de cinco salários mínimos, 86,8% tinham plano.
Das pessoas que tinham plano de saúde médico, 46,2% eram titulares que pagavam os seus custos diretamente ao plano, enquanto 45,4% dependiam parcial ou integralmente do empregador para pagar os custos.
Quase a totalidade dos planos médicos cobria consultas (99,1%) e exames (98,3%), e uma grande parcela da população tinha cobertura para internações (91,6%) e partos (77,6%). Entre aqueles que tinham algum plano médico de saúde, 77,4% o avaliaram como bom ou muito bom.
Em 2019, 60,0% dos domicílios estavam cadastrados em Unidade de Saúde da Família (44,0 milhões de domicílios), um aumento de 6.7 p.p. em relação a 2013, quando eram 53,3% de domicílios cadastrados (34,6 milhões). Dos domicílios cadastrados há um ano ou mais, 38,4% (15,4 milhões) receberam visita mensal de Agente Comunitário de Saúde ou membro da Equipe de Saúde da Família. Esse percentual caiu consideravelmente frente a 2013 (47,2%), embora a quantidade de visitas fosse menor (14,1 milhões). Ou seja, o total de domicílios cadastrados aumentou mais do que a realização de visitas.
Verificou-se, também, que 23,8% (9,5 milhões) dos domicílios cadastrados há um ano ou mais em Unidade de Saúde da Família nunca receberam visita de Agente Comunitário de Saúde ou membro da Equipe de Saúde da Família, um forte aumento em comparação a 2013, quando o percentual era de 17,7% (5,3 milhões).
A pesquisa mostrou que 8,1% da população (16,9 milhões de pessoas) deixaram de realizar atividades habituais por motivo de saúde nas duas semanas anteriores à entrevista, percentual superior ao de 2013 (7,0%). Problemas nos ossos e articulações foi o principal motivo (25,1%), seguido de problemas respiratórios (21,0%).
Nos 12 meses anteriores à entrevista, 76,2% da população (159,6 milhões) havia se consultado com um médico – aumento considerável frente a 2013 (71,2%). A proporção de mulheres (82,3%) que consultou um médico foi superior à dos homens (69,4%). Já a proporção de pessoas que consultaram dentista não chega à metade da população (49,4%), apesar do aumento em relação a 2013 (44,4%).
Em relação às internações, 6,6% da população (13,7 milhões) ficaram internados em hospitais por 24 horas ou mais nos doze meses anteriores à entrevista. Dessas internações, 64,6% (ou 8,9 milhões) foram no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 2019, 4,6% da população utilizou alguma prática integrativa e complementar. Em 2013, o percentual foi de 3,8%. Plantas medicinais e fitoterapia (58,0%) foi a prática mais utilizada seguida por acupuntura (24,6%) e homeopatia (19,0%).
Entre os 39,4 milhões de domicílios com algum cachorro ou gato, 72,0% (ou 28,4 milhões) tiveram esses animais vacinados em 2019. Em 2013, este percentual foi de 75,4% (24,8 milhões).
Essas informações fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, realizada pelo IBGE em convênio com o Ministério da Saúde. O primeiro volume da PNS, divulgado hoje, traz dados sobre acesso aos serviços de saúde, cobertura de planos de saúde, presença de animais nos domicílios e sua vacinação, entre outros.
Fonte: IBGE
da Redação do LD