A defesa do médico Rodolfo Cordeiro Luca divulgou ontem (4) uma nota à imprensa em que aponta inconsistências técnicas no relatório feito pela Polícia Civil da Bahia, que indiciou Rodolfo por tentativa de homicídio. O inquérito investiga a queda da médica Sáttia Lorena Patrocínio Aleixo do 5º andar do prédio onde morava. "As imperdoáveis omissões (por acaso não interfere saber que Sattia estava sob efeito de entorpecente? – não interessa a menção a autolançamento voluntário da suposta vítima?), os erros grotescos (confundir investigado com acusado; não saber que as testemunhas são da justiça e não das partes; ignorar solenemente que haver em sentido de existir é impessoal; não saber que “posto que” é adversativa e não conclusiva) tornam o relatório simplesmente imprestável.", afirma a defesa de Rodolfo, o advogado Gamil Föppel.
"Espera a defesa técnica que o Ministério Público, titular da ação penal, guardião da Constituição, ancore-se nos elementos de convicção colhidos, desprezando o desvairado relatório, promovendo, pois, o arquivamento das investigações.", conclui a nota.
O inquérito foi encerrado ontem pela delegada Bianca Torres, titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Brotas. Segundo a delegada, o inquérito foi encaminhado à Justiça e não houve pedido de prisão para Rodolfo porque ele já havia sido preso e liberado por decisão da própria Justiça. Bianca Torres também detalhou que o Ministério Público da Bahia (MP-BA) também pode avaliar se irá denunciar o suspeito.
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da Redação do LD