O deputado Pastor Isidório Filho (Avante) sugeriu ao governador Rui Costa a ampliação do prazo de integração dos modais municipais e intermunicipais de transporte coletivo com o metrô. O período, que hoje é de 2 horas, passaria para 3h30m, propiciando aos usuários de Salvador e da Região Metropolitana “escolherem veículos menos cheios”, justificou o parlamentar.
Com isso, acredita, haverá a diminuição das chances “de transmissão da Covid-19, seja nos ônibus municipais da capital, nos ônibus advindos da RMS e no próprio metrô”, uma vez que, “com mais tempo de integração, a chance de se tomar um assento sem aglomeração aumenta”. Para ele, esta é “uma medida simples, que tem o poder de ajudar a quebrar a cadeia de transmissão do maléfico coronavírus”.
Na indicação onde sugeriu a alteração, o deputado também argumentou que a maior parte das cidades da Região Metropolitana de Salvador ainda não reativou “100% das suas frotas de veículos de transporte urbano. Logo, a realidade é que os mui dignos usuários do transporte público da capital e da RMS convivem, indevidamente, com superlotações e uma exposição sanitária perigosa para a saúde deles e suas respectivas famílias durante a pandemia”.
Com o retorno paulatino à normalidade, a população está “voltando às suas atividades fora de casa”, ponderou Isidório Filho, ao analisar que transporte público de massa, “independente do modal, sempre configurou na categoria dos serviços essenciais e cada vez se justifica menos a realidade de algumas prefeituras da RMS e da capital de não voltar a rodar com 100% das suas frotas de ônibus, micro-ônibus e vans”. “Já somos o quadrante da Bahia com mais casos e número de mortes”, lamentou o parlamentar, que, com a indicação, pretende dar sua “contribuição para que a transição do isolamento social para a retomada das atividades externas se dê com o menor índice de contaminação possível”.
Ele se mostrou especialmente preocupado com Salvador. “Nossa capital tem uma frota de ônibus com um pouco mais de 2.400 veículos” e atualmente circulam “cerca de 80% desse número, observando o horário de pico”. Ainda de acordo com o documento legislativo, apenas para a Fase 3 de retomada econômica “é que consta no protocolo municipal a previsão de retorno de 90% da frota de Salvador”. Por isso “vemos pela capital ônibus e micro-ônibus superlotados, latas de sardinha”. Por isso, também, “Salvador detém a maior parte dos casos e dos falecidos vitimados pelo coronavírus”, disse.
Ao finalizar, o deputado reforçou que, “com mais tempo para efetivar a integração entre os modais, o cidadão pode se proteger e/ou se programar melhor”, sendo sua proposta “uma ação de fácil implementação, que dá relevância à vida e à saúde dos nossos irmãos usuários do transporte coletivo”.
Fonte: AL-BA
da Redação do LD
