As denúncias de poluição sonora em Salvador, registradas entre abril e agosto deste ano, aumentaram 327%, em comparação ao mesmo período de 2019.
De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), de 1º de abril a 16 de agosto de 2019, foram 9.936 queixas de som alto em residência. Este ano, no mesmo período, houve um aumento significativo e foram registradas 32.572 reclamações.
Segundo a Semop, apenas no último fim de semana, foram registradas 2.100 reclamações por causa de poluição sonora. Os bairros que se destacam nesse quesito são Fazenda Grande do Retiro, Pernambués, Paripe e Liberdade.
Neste final de semana, as festas de paredão, eventos realizados nas ruas com som automotivo, voltaram a preocupar moradores de Salvador. Os bairros de São Rafael, Jardim Cajazeiras, São Tomé de Paripe e Nordeste de Amaralina são recorrentes nas queixas.
Moradores registraram imagens das festas em várias localidades da capital. Em todas elas havia muita aglomeração, pessoas sem usar a máscara de proteção contra o novo coronavírus e queixas sobre poluição sonora.
Na noite desta segunda-feira (17), um grupo de moradores do bairro de Tancredo Neves, bloqueou um trecho da Estrada das Barreiras, para protestar contra a morte de um jovem de 19 anos. Os manifestantes alegaram que ele foi morto a tiros durante ação da Polícia Militar, em uma festa do tipo "paredão", entre a noite de domingo (16) e a madrugada desta segunda.
Segundo a Semop, das 22h às 7h, o som tem que ser de até 60 decibéis. Das 7h às 22h, 70 decibéis e dentro das residências tem de ser 55 decibéis em qualquer horário.
Para denunciar o som alto, os soteropolitanos podem ligar para o 156 ou entrar em contato através do site do Fala Salvador, pelo e-mail: [email protected], pelo telefone 160 ou, ainda, pelo Instagram: @ouvidoriadesalvador.
Reprodução: G1 – Bahia
da Redação do LD
