Um soro inteiramente desenvolvido no Brasil apresentou anticorpos neutralizantes até 50 vezes mais potentes contra o SarsCov-2 do que os presentes no plasma sanguíneo de pessoas que tiveram covid-19.
O resultado foi considerado "excelente" pelos cientistas que desenvolveram o produto e abre caminho para um tratamento mais eficiente contra a doença. Os pesquisadores aguardam uma autorização da Anvisa para começar a testar o soro em seres humanos
O plasma de pessoas que tiveram covid já está sendo usado no tratamento da doença, como uma forma de oferecer anticorpos extras para o paciente que ainda luta para combater ao vírus. O princípio do soro é semelhante. A diferença é que ele está sendo produzido em cavalos e, segundo os primeiros resultados, é muito mais potente. Esses anticorpos são posteriormente purificados e podem ser injetados nos pacientes.
"Temos que fazer tudo com muito cuidado para não criar falsas ilusões", ponderou o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio (Faperj), Jerson Lima Silva, que é pesquisador da UFRJ e participou do projeto. "Mas a resposta foi impressionante, muito acima das nossas expectativas."
Estadão///Figueiredo