O governador Rui Costa (PT) e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), tiveram queda na avaliação positiva, mas ainda têm gestões bem vistas pela população, aponta pesquisa DataPoder360, em parceria com o Grupo A TARDE.
A avaliação de ótimo/bom de Rui caiu de 57% para 52%, enquanto ruim/péssimo passou de 11% para 13%. Os baianos que consideram o governo do petista regular são 28% – há duas semanas eram 26%.
Já a administração de Neto foi considerada boa ou ótima por 74% dos soteropolitanos ouvidos, quando na rodada anterior esse índice era de 76%. Outros 20% avaliaram novamente a gestão municipal como regular. Aqueles que definiram a administração como ruim ou péssima passaram de 3% para 5%.
Em Salvador, Rui é novamente melhor avaliado do que no âmbito estadual. Também houve queda na avaliação positiva, de 71% para 65%. Os soteropolitanos que consideram o trabalho do governador ruim ou péssimo se mantiveram em 8%. Já aqueles que o classificaram como regular passaram de 17% para 25%.
O cientista político Rodolfo Costa Pinto não atribui diretamente tal oscilação às medidas de isolamento adotadas pelos gestores. “Acho que aos poucos a crise, que é geral por atingir a área sanitária, econômica e social, vai afetar todos os gestores. É um mal estar geral que vai se instalando aos poucos. Mas, ainda assim, vale ressaltar que, dado o quadro atual, tanto o governador quanto o prefeito aparecem muito bem avaliados até agora”, pontua.
Por outro lado, a avaliação média dos prefeitos baianos piorou bastante, passando de 47% para 39%. Ao mesmo tempo, a avaliação negativa subiu de 21% para 29% na atual rodada. Aqueles que responderam regular se mantiveram em 30%.
Renda e escolaridade
No recorte por renda, Rui é melhor avaliado entre os baianos que recebem até dois salários mínimos (61% de ótimo/bom e 10% de ruim/péssimo) e tem seu pior desempenho entre os que ganham acima de dez salários mínimos (44% de ruim/péssimo e 33% de ótimo/bom).
Na faixa que ganha entre cinco e dez salários mínimos, o chefe do Executivo baiano registra números quase tão bons quanto entre os que recebem até dois salários. São 58% de ótimo/bom e 11% de ruim/péssimo.
Neto, por sua vez, tem seu trabalho mais elogiado no grupo que ganha entre cinco e dez salários mínimos (81% de ótimo/bom e 6% de ruim/péssimo). A avaliação do prefeito é pior entre aqueles com renda que varia de dois a cinco salários (59% de ótima/boa e 23% de ruim/péssima).
O chefe do Palácio Thomé de Souza ainda tem avaliação positiva superior a 75% em outras duas faixas – entre desempregados e aqueles que recebem até dois salários. No grupo com renda acima de dez salários mínimos, Neto tem sua administração bem avaliada por 70%.
Quando é observada a escolaridade dos entrevistados, o trabalho do governador é melhor avaliado pelos que têm ensino superior (59% de ótimo/bom e 10% de ruim/péssimo) e pior por aqueles que não frequentaram a escola (42% de ótimo/bom e 27% de ruim/péssimo).
Já o desempenho do prefeito é justamente mais elogiado entre os que não foram à escola (97% de ótimo/bom e 1% de ruim/péssimo) e pior avaliado entre os que estudaram até o ensino médio (76% de ótimo/bom e 7% de ruim/péssimo).
A Tarde// Figueiredo