O deputado federal Marcelo Nilo (PSB) disse que a Bahia tem tido, até o momento, um “sucesso” no combate ao coronavírus. Para ele, o êxito se deve a dois fatores: o isolamento social e a união entre o governador Rui Costa (PT) e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).“(Rui) teve a grandeza, humildade, competência de fazer a união com seu arqui-inimigo ACM Neto em Salvador. Esqueceram a divergência partidária e se uniram em defesa do combate ao coronavírus. Esse é o sucesso da Bahia, sucesso de Salvador”, afirmou. “(Rui) tem feito um trabalho fantástico. Tanto é que na Bahia morreram 295 pessoas e no Ceará 1,6 mil, em Pernambuco 1,4 mil. São Paulo quase 5 mil (…) A Bahia, apesar de morrerem 295 pessoas, em relação a outros estados está numa situação razoável”, emendou, em entrevista ao programa "Direto ao Ponto", da Rádio 100. Nilo voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No entendimento dele, há razões para o impeachment do chefe do Palácio do Planalto.
Para ele, quatro motivos foram fundamentais para a vitória de Bolsonaro em 2018. São eles: anti-PT, o sistema de fake news, a facada e o apoio da extrema-direita. Nilo afirmou ainda que o presidente só tem hoje o apoio de 70 deputados e, por essa razão, busca o centrão. “O centrão é governo, mas abandona o governo a qualquer momento. É só o povo pressionar. O centão é toma lá, dá cá (…) O centrão com certeza o abandona no caminho da estrada”, avisou. Na visão dele, Bolsonaro tem atualmente o apoio de 20% dos eleitores brasileiros. “É um presidente que não tem amor à vida. É presidente que vai para uma concentração defender o AI-5, defender o fechamento do Congresso, do Supremo (Tribunal Federal). Foi eleito para ser presidente da República e não para ser imperador e rei”, salientou. O socialista ressaltou novamente que quer ser candidato ao governo da Bahia em 2022, quando acontecerá a sucessão de Rui Costa (PT). “Está na hora do PT passar o bastão para um partido aliado. Eu quero ser governador”, pontuou. Nilo ainda defendeu, na entrevista, a redução de 50% do salário dos deputados e senadores para que os recursos sejam usados no combate ao coronavírus.
Reprodução: Tribuna da Bahia
Redação do LD