Brasil

Azul, Gol e Latam caem nas mãos dos bancos ao aceitarem socorro do governo

À beira do colapso, principais companhias aéreas do país podem sofrer com o assédio de fundos estrangeiros oportunistas

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Quando a pandemia do novo coronavírus começou a afetar a demanda por voos domésticos e internacionais, representantes do setor aéreo brasileiro se reuniram com o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Saggioro Glanzmann, com integrantes dos Ministérios da Economia e da Infraestrutura e também com membros do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para definir um socorro que evitasse o colapso do mercado. Foram dois meses de negociações para que, enfim, se chegasse a um acordo: o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, anunciou na teleconferência do banco nesta sexta-feira, 15, que as três principais companhias aéreas que atuam no país — Azul, Gol e Latam — aderiram à ajuda setorial, avaliada em 6 bilhões de reais (2 bilhões de reais para cada). O alento, no entanto, ainda gera dúvidas sobre sua eficácia. Como os bancos envolvidos na transação estão adquirindo participações nas empresas há um temor que, no futuro, algum conglomerado estrangeiro se aproveite disso para ganhar mercado no país — algo que já aconteceu com a TAM, comprada pela chilena Lan em 2010.

Veja//IF