Brasil

Rendimento do 1% que ganha mais equivale a 33,7 vezes o da metade da população que ganha menos

14,7% da população recebem aposentadoria ou pensão

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Em 2019, o rendimento médio mensal real do trabalho do 1% da população com os rendimentos mais elevados era de R$ 28.659, o que corresponde a 33,7 vezes o rendimento dos 50% da população com os menores rendimentos (R$ 850). Em 2019, a massa mensal de rendimento habitual foi de aproximadamente R$ 213,4 bilhões, 2,2% maior que a estimada para 2018 e 12,0% maior que a de 2012. Já a massa mensal de rendimento domiciliar per capita alcançou R$ 294,4 bilhões. A parcela dos 10% com os menores rendimentos da população detinha 0,8% dessa massa, enquanto os 10% com os maiores rendimentos detinham 42,9%.O número de pessoas com rendimento de todos os trabalhos subiu de 43,4% da população (90,1 milhões) em 2018 para 44,1% (92,5 milhões) em 2019. Já a aposentadoria ou pensão era recebida por 14,7% da população em 2019, mantendo estabilidade em relação a 2018 (14,6%) e subindo 1,6 ponto percentual em relação a 2012 (13,1%). O rendimento médio real de todas as fontes, após subir 2,8% em 2018 (para R$ 2.247), manteve-se praticamente inalterado em 2019 (R$ 2.244). O Sudeste registrou o maior valor (R$ 2.645), seguido pelo Sul (R$ 2.499) e pelo Centro-Oeste (R$ 2.498), enquanto os menores valores estavam no Nordeste (R$ 1.510) e no Norte (R$ 1.601).

Rendimento do 1% mais rico é 33,7 vezes o que recebe metade dos pobres

Em 2019, permanecem as grandes discrepâncias entre o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas brancas (R$ 2.999), pardas (R$ 1.719) e pretas (R$ 1.673). Também perduram as diferenças de gênero: o rendimento de todos os trabalhos dos homens (R$ 2.555) é 28,7% mais alto que o das mulheres (R$ 1.985). O rendimento médio dos trabalhadores com ensino superior completo (R$ 5.108) era, aproximadamente, 3 vezes maior que o daqueles com somente o ensino médio completo (R$ 1.788) e cerca de 6 vezes o daqueles sem instrução (R$ 918). O percentual de domicílios atendidos pelo Bolsa Família caiu de 13,7% em 2018 para 13,5% em 2019. Em 2012, 15,9% dos domicílios do país recebiam o Bolsa Família. Já o BPC-LOAS era recebido em 3,7% dos domicílios do país em 2019, percentual praticamente igual ao de 2018 (3,6%) e 1,1 ponto percentual acima do de 2012 (2,6%). O Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita teve ligeira queda entre 2018 e 2019, variando de 0,545 para 0,543. Já o Gini para o rendimento de todos os trabalhos ficou estável em 0,509 no mesmo período, mantendo-se no maior nível, desde 2012.

Em 2019, havia 209,5 milhões de pessoas residentes no País, sendo que o Sudeste concentrava a maior parte da população (42,2%) e o Centro-Oeste (7,7%), a menor parte. Os demais representam 27,2% (Nordeste), 14,3% (Sul) e 8,6% (Norte). Os que possuíam algum tipo de rendimento eram 131,2 milhões (62,6% da população), tendo o Sul apresentado o maior percentual em todos os anos da série (68,1%), enquanto Norte (54,5%) e Nordeste (58,5%), os menores.

14,7% da população recebem aposentadoria ou pensão

O contingente de pessoas que possuíam rendimento de todos os trabalhos subiu de 43,4% da população (90,1 milhões) em 2018 para 44,1% (92,5 milhões) em 2019. Já o percentual com rendimento proveniente de outras fontes passou de 24,9% (51,8 milhões) para 25,1% (52,7 milhões) no período. A região Sul tem o maior percentual de pessoas com rendimento habitualmente recebido de todos os trabalhos (49,1%) e o segundo maior percentual com rendimento proveniente de outras fontes (26,5%). Por outro lado, o Nordeste permaneceu com o menor percentual de pessoas com rendimento recebido de todos os trabalhos (36,6%) em 2019 e o maior percentual daquelas que recebiam de outras fontes (28,4%). Entre as outras fontes, a aposentadoria ou pensão alcançou 14,7% da população em 2019. Houve certa estabilidade nesse índice em relação a 2018 (14,6%), mas alta de 1,6 ponto percentual em relação a 2012 (13,1%). Para esta categoria, o maior percentual está no Sul (18,3%) e o menor no Norte (8,8%).

Seguro-desemprego, programas de transferência de renda do governo e rentabilidade da poupança (outros rendimentos) são alguns dos rendimentos de 7,8% dos brasileiros; pensão alimentícia, doação ou mesada, de 2,5%; e aluguel e arrendamento, de 2,1%.. Os percentuais de pessoas que recebiam outros rendimentos se destacaram no Norte (10,2%) e no Nordeste (12,1%) com valores superiores à média do País (7,8%). No Norte, inclusive, esse percentual foi superior ao dos que recebiam quaisquer das outras fontes de rendimento não oriundas do trabalho, o que não é observado nas demais regiões.

Fonte: IBGE

Redação do LD