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Cúpula militar apoia Bolsonaro em críticas a decisões do STF, mas descarta endossar ruptura institucional

Cúpula militar apoia Bolsonaro em críticas a decisões do STF, mas descarta endossar ruptura institucional

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Bolsonaro aparece na rampa do Palácio do Planalto, acompanhado da filha, Laura, em ato a favor do presidente Foto: Jorge William / Agência O Globo

 

Ao declarar que conta com o apoio das Forças Armadas neste domingo, durante protesto em frente ao Palácio do Planalto, o presidente JairBolsonaro se baseou em manifestações dos próprios integrantes das corporações.

Na reunião que teve no Palácio da Alvorada, na véspera, com três ministros militares com cadeira no Palácio do Planalto, além do ministro da Defesa e dos comandantes da Aeronáutica, do Exército e da Marinha, Bolsonaro recebeu guarida de todos..

Na ocasião, porém, a preocupação era mostrar apoio para manter o equilíbrio institucional entre os Poderes após recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubando atos do Executivo.

A preocupação de integrantes das Forças Armadas e ministros militares que endossam as ações do governo está em como o presidente interpreta esse apoio.

Em conversas reservadas, os militares tentam esclarecer que não participarão de rupturas institucionais e que não é esse o tipo de sustentação que dão ao presidente. Segundo interlocutores da cúpula militar, um dos problemas está apenas na forma como o presidente manifesta publicamente o apoio que recebe das Forças Armadas. Há uma avaliação de que Bolsonaro se expressa mal na forma como se comunica..

No sábado, estiveram com Bolsonaro por mais de uma hora no Alvorada os ministros Braga Netto (Casa Civil); Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo); Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional); e Fernando Azevedo (Defesa). Estiveram presentes ainda os comandantes do Exército, Edson Pujol; da Aeronáutica, Antonio Carlos Bermudez; e da Marinha, Ilques Barbosa Júnior. Lá, compartilharam o entendimento do presidente de que o STF havia exagerado ao intervir em atos do governo. 

 

O Globo/// Figueiredo