Saúde

Ministro diz que governo prepara diretriz para cidades e estados decidirem flexibilização de isolamento

Previsão de Nelson Teich é apresentar as diretrizes em uma semana.

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Ministro da Saúde, Nelson Teich — Foto: Reprodução

 

O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse nesta quarta-feira (22) que o governo federal prepara uma diretriz que será apresentada para orientar cidades e estados nas medidas de flexibilização do distanciamento social contra o coronavírus Sars-Cov-2.

Teich diz que prepara a entrega das diretrizes para daqui a uma semana. O ministro afirmou que não serão apontadas regras válidas para todo o país, já que as realidades regionais e o avanço da doença são distintos em cada localidade.

Crítica às previsões

O ministro disse que as projeções sobre o número de mortos por causa da Covid-19 são "coisa muito complexa" e que os números derivados de modelos matemáticos podem não retratar a realidade. Teich citou especificamente o estudo do Imperial College que estimava que, no pior cenário, o Brasil poderia ter mais de um milhão de mortes. O trabalho também apontava que, com medidas de isolamento adequadas, o número poderia ser de 44 mil. "Isso é impossível", disse o ministro, referindo-se ao intervalor entre os dois extremos da projeção.

Teich disse que os modelos matemáticos "tem que ser padronizados" para poder ser comparados e que eles dependem das "premissas que colocam nele". O ministro disse que, quando eles geram "número muito alarmante", acabam por piorar o medo na população.

Análise e ação em curto prazo

Sem fazer projeções, Teich ressaltou que seu foco será nas análises de curto prazo para tomada de decisão diante do que o avanço da doença mostra como cenário do Brasil. Ele ressaltou que essas análises vão exigir que os gestores sejam rápidos o bastante para fazer ajustes diante das mudanças.

Questionado sobre como será a indicação para retomada das atividades em locais que já mostram esgotamento de leitos, o ministro afirmou que será preciso avaliar "em cada região" o que é adequado fazer, ressaltando que não haverá uma fórmula padrão para todo país.

 

G1/// Figueiredo