Uma rede de makers, profissionais que colocam a mão na massa para produzir por conta própria diversos tipos de materiais, está sendo formada na Bahia para ajudar na luta contra o novo coronavírus. Foi lançado, nesta quarta-feira (25), com apoio do Governo do Estado, o projeto Face Shield for Life, reunindo e convidando os 'fazedores' para que utilizem suas impressoras 3D na produção de protetores faciais, EPIs essenciais para minimizar o risco do contágio pela Covid-19. O Hospital Couto Maia deve receber um primeiro lote da doação, com 200 unidades, ainda nesta quarta (25).
O projeto Face Shield for Life 3D é uma iniciativa de professores e voluntários da Escola Bahiana de Medicina, Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob). As impressoras 3D, também utilizadas na Itália para produção de materiais que auxiliem o sistema de saúde, são máquinas primordiais para imprimir, por meio de tecnologia tridimensional, e criar próteses, peças decorativas e os próprios protetores faciais.
A secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, Adélia Pinheiro, explica que essa é uma rede de solidariedade formada por profissionais capacitados. “Temos um comitê gestor com representantes de instituições parceiras que estão nos ajudando nesta missão de imprimir protetores faciais. Nossos parceiros têm como meta a produção de 10 mil equipamentos em uma semana”, revela.
A secretária acrescenta que “já temos impressoras 3D rodando em instituições de ensino, empresas e residências nos municípios de Salvador, Lauro de Freitas, Feira de Santana, Ilhéus, Jequié, Vitória da Conquista, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Rio de Janeiro e São Paulo. Todos os equipamentos produzidos serão entregues gratuitamente a profissionais de saúde de hospitais públicos e privados”.
O pesquisador Leandro Brito, doutor em Modelagem Computacional e Tecnologia Industrial e professor da Ufob, explica que o grupo foi procurado "pela Secretaria de Saúde do Estado [Sesab] e toda produção de agora em diante será entregue para o órgão, que cuidará da distribuição de acordo com a necessidade das unidades de saúde. É importante lembrar que o EPI é um complemento às máscaras do tipo N95, que protege apenas nariz e boca”.
Secom Governo da Bahia // Itatiaia Fernandes