Economia

Salão ao ar livre: empreendedores informais inovam em Salvador

Com a lenta recuperação econômica do país e o alto índice de desemprego, baianos estão buscando alternativas criativas para sobreviver

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A fila de espera tinha cinco mulheres, todas confortavelmente sentadas. Dois designers de sobrancelhas e três manicures mostravam destreza e pressa.

O cabeleireiro não apareceu para trabalhar. “Você sabe, né? Fim de ano tem funcionário que some!”, tentava se explicar Fábio Cândido de Carvalho, 32 anos. Dono do “estabelecimento”, Fábio queria aproveitar ao máximo o movimento de fim de ano para lucrar um pouco mais.

A cena descrita seria de um salão de beleza como outro qualquer se ele não estivesse localizado em plena Avenida Sete de Setembro, no Relógio de São Pedro, Centro de Salvador. Sob dois toldos improvisados, Fábio e sua trupe, treinada por ele, faziam a alegria dos clientes que não tinham tempo e dinheiro para ir em um salão com paredes e ar-condicionado.

Com o Brasil em lenta recuperação econômica, com perspectiva de crescer em 2019 apenas 0,9%, segundo projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) – os números oficiais só serão fechados no primeiro trimestre desse ano –, sem falar na falta de emprego que atinge 12,4 milhões de pessoas, o baiano, como qualquer brasileiro desempregado, tem sido obrigado a se virar para conseguir sobreviver

 

Correio// Figueiredo