Educação

A cobiça pelo Odorico: colégio fecha as portas após 25 anos

Governo do estado vai leiloar área de 5 mil m² no Corredor da Vitórial

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Mal o Colégio Estadual Odorico Tavares encerrou suas atividades, o setor imobiliário já está de olho no imóvel. Trata-se de uma área de 5 mil metros quadrados no Corredor da Vitória, o bairro que tem o metro quadrado mais caro de Salvador – custa, em média, R$ 15 mil.

O colégio, que funcionou ali por 25 anos, no passado já teve filas de mães para conseguir uma vaga para os filhos e chegou a 2019 com apenas 308 matriculados — menos de 9% de sua capacidade, que é de 3,6 mil alunos, segundo dados da Secretaria de Educação do Estado (SEC).

Enquanto o governo do estado alega que vender o terreno vai possibilitar a construção de mais escolas na periferia, professores e ex-alunos da instituição avaliam que, por trás dos argumentos oficiais, houve uma manobra para forjar uma baixa procura pelo colégio. Eles acusam o governo de sabotar o sistema de matrículas online para reduzir os números de estudantes ano a ano, cedendo à especulação imobiliária.

Em nota, o governo do estado afirmou que os alunos que estudavam no Odorico Tavares serão remanejados para instituições nas proximidades de casa, o que, na avaliação do governador Rui Costa, reduzirá gastos dos estudantes com transporte público. “O governador Rui Costa também tem pontuado que o Odorico não chega a ter 300 alunos matriculados e está sendo subaproveitado”, escreveu.

 

Correio// Fig ueiredo