A partir de dezembro, grávidas que precisarem de um leito de emergência em obstetrícia em Salvador não poderão mais procurar o Hospital Santo Amaro (HSA), administrado pela Fundação José Silveira (FJS).
A FJS confirmou na terça-feira (13) que as atividades na emergência obstétrica serão suspensas, mas que jamais foi cogitado o fechamento da maternidade. A fundação informou que pacientes que derem entrada, em qualquer hora, com acompanhamento médico conveniado, contarão com atendimento, mas que a figura do plantonista obstétrico será extinta. Atualmente, o Santo Amaro possui 28 leitos de maternidade e 19 de neonatal.
A unidade realiza cerca de 300 partos por mês. A confirmação ocorreu após alerta feito pelo Sindicato dos Médicos da Bahia, Conselho Regional de Medicina da Bahia e Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia, durante entrevista coletiva, ontem.
O temor dos profissionais é de que, com o fechamento da emergência, em breve, o HSA perca também a maternidade, o que já aconteceu em sete hospitais da capital nos últimos 25 anos.
As entidades também abordaram as situações da Maternidade José Maria Magalhães, cujos ambulatórios já estão fechados, além do Hospital Sagrada Família, que presta serviço ao estado e encerrou a parceria com os leitos do Hospital Salvador. Atualmente, quatro hospitais possuem leitos obstétricos: Santo Amaro (47 leitos), Sagrada Família (41), Aliança (46) e Português (49).
A Secretaria da Saúde do Estado disse que não há indicativo de redução de leitos na rede própria — e que haverá compensação dos leitos do Sagrada Família no Hospital Geral Roberto Santos.
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