O advogado Pedro Lousado, irmão da chefe do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Ediene Lousado, negou "qualquer articulação", como mesmo definiu, com a desembargadora Maria do Socorro Santiago, presa na manhã desta sexta-feira (29) na Operação Faroeste.
Ela, que segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR) tentou destruir provas por meio do contato com funcionários do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), citou o advogado em conversa gravada. Ela pede uma reunião com Pedro Lousado, que, de acordo com ela, acompanha as investigações.
Em nota enviada à imprensa, o advogado afirma que substituiu o advogado Walter Moura, que mora em Brasília, e acompanhou a busca e apreensão na casa de Socorro no último dia 19, a pedido do próprio colega.
"O que é comum e inerente à atividade da advocacia. Pontua, ainda, que inexistiu qualquer articulação por parte do advogado com a Desembargadora Maria do Socorro Santiago, pois, importante que seja reforçado, ele não era e nunca foi constituído para patrocinar sua defesa", diz um trecho da nota.
A Operação Faroeste investiga um esquema criminoso de venda de sentenças e benefício à grilagem de terra no oeste baiano, por meio de desembargadores e juízes do TJ-BA.
De acordo com a investigação, ela movimentou cerca de R$ 17 milhões entre 2013 e 2019, parte dos valores sem origem comprovada.
BNwes/// Figueiredo